Só após a eleição da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, responsável pela aprovação dos nomes para a diretoria do Banco Central, começará a ser formada a nova diretoria que vai integrar o Comitê de Política Monetária (Copom) sob o comando de Alexandre Tombini, presidente do BC.
 

Alguns nomes, porém, já estão confirmados. O atual diretor de Administração, Anthero de Moraes Meirelles, foi convidado para assumir o lugar de Alvir Hoffmann na diretoria de Fiscalização. Hoffmann já planejava, desde o início do ano passado, sua aposentadoria. Formado em Matemática e Jornalismo, com doutorado em administração pela Universidade Federal de Minas Gerais, Meirelles está na diretoria colegiada desde dezembro de 2007.

Hoffmann também assumiu a diretoria no mesmo mês, em 2007, depois de passar dois anos no Fundo Monetário Internacional (FMI), como especialista no setor financeiro e supervisão bancária, na Divisão de Assuntos Sistêmicos e de Resolução de Crises Bancárias, no Departamento de Assuntos Monetários e de Mercado de Capitais.

Outra mudança certa, mas ainda sem nome para substituí-lo, é a saída de Antonio Gustavo Mattos do Vale, que será o novo presidente da Infraero. Ele deixará a diretoria de Liquidações e Controle de Operações do Crédito Rural do Banco Central do Brasil, cargo que ocupa desde maio de 2003. Vale pretendia se aposentar desde o fim de 2009, mas aceitou pedido primeiro de Henrique Meirelles, depois de Tombini, para permanecer na diretoria.

Carlos Hamilton Vasconcelos Araujo, diretor de Política Econômica, e Aldo Luiz Mendes, diretor de Política Monetária, estão confirmados nos seus cargos e permanecerão no Banco Central.

Luiz Awazu Pereira da Silva acumula temporariamente as diretorias de Assuntos Internacionais e de Normas e Organização do Sistema Financeiro, vaga deixada pelo próprio Tombini. A diretoria de Estudos Especiais, sem comando há um bom tempo, pode mesmo ficar com a economista Zeina Latif.

Todos os nomes serão remetidos à CAE para sabatina e aprovação. Em seguida, serão submetidos à aprovação no plenário do Senado. A próxima reunião do Copom acontece nos dias 1 e 2 de março. A expectativa é de nova elevação de 50 pontos base na taxa Selic, para 11,75% ao ano.

 
Fonte:  Valor Econômico / Fernando Travaglini