AtoPelaDemocracia 31032016 Site

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Frente Brasil Popular da Paraíba organizou mobilizações em diversas regiões do estado –
A Paraíba também se posicionou em defesa da democracia e contra o golpe, em um grande ato público realizado no Ponto de Cem Réis, Centro da capital, na última quinta feira, 31 de março, no 52° aniversário do golpe de 1964. Além da Capital, cerca de 40 mil pessoas também foram às ruas em Campina Grande, Cajazeiras, Uiraúna e Guarabira.

Mais de 10 mil pessoas lotaram os quatro pólos de concentração em João Pessoa: Lyceu Paraibano (Pólo Eletrônico), Praça dos Três Poderes (Pólo de Batuques e Tambores), Praça Pedro Américo (Pólo do Batuque Popular) e Praça Rio Branco (Pólo dos Violões). Em seguida, os manifestantes caminharam até o Ponto de Cem Réis, onde prestigiaram uma aula pública com o professor Dr. José Artigas (UFPB) sobre os períodos sombrios que o Brasil passou com o golpe de 1964, que assassinou e perseguiu milhares de brasileiros.

Durante a aula, Artigas lembrou que não é a primeira vez que governos progressistas sofrem golpes em meio à insatisfação de uma parcela da sociedade com as políticas sociais de distribuição de renda e diminuição das desigualdades sociais. Ele também fez um paralelo dos atentados que governos populares sofreram, ao tentar reformas de base e criticou as condutas parciais de alguns membros do judiciário, “os grampos feitos à Presidente da República e advogados de defesa, são os mesmos expedientes escusos utilizados pelos militares no golpe militar de 64”, avaliou.

“A Paraíba que nunca se calou não terá nunca um governador covarde”, assim se posicionou o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, que não vê legalidade no processo de impeachament, “estão querendo tirar um governo legítimo sem nenhuma prova de crime, o que caracteriza golpe. Eles falam de combate à corrupção; se for pra falar de corrupção, os que querem tirar Dilma não se sustentam um segundo sequer”. Ainda chamou a atenção dos políticos golpista, “é fundamental que as pessoas pelo Brasil afora, ao invés de terem medo de manipulação coletiva, como aconteceu a algum tempo atrás, principalmente as que tem responsabilidade no mundo da política, que tenham coragem e chamem pra si a condição de dar um grito e denunciar esse abuso, esse escândalo do golpe”, disse.

“Estou fazendo a minha parte e estou sendo coerente, principalmente com a história desse país. O momento é de não permitir que o Brasil passe por um golpe parlamentar, como passou o Paraguai. É preciso juntar forças para defender aquilo que é mais importante, que são as regras do jogo democrático e a conquista e a volta da estabilidade econômica. Aí sim, muda a política econômica, se restituem os empregos e o Brasil retoma seu crescimento. Agora, se a democracia for quebrada, nada disso virá”, afirmou.

Várias lideranças políticas, sindicais e dos movimentos sociais, do campo e da cidade – Paulo Marcelo (CUT Paraíba), Charlinton Machado (PT Estadual), Anísio Maia (deputado estadual), Élida Helena (União Nacional dos Estudantes e Levante Popular), Joana D’Arc (Coletivo Cunhã), Fuba (vereador) –, defenderam a democracia, condenaram o golpe e alertaram a sociedade sobre a ameaça aos direitos dos trabalhadores.

O evento político-cultural, que teve início com a execução do Hino Nacional Brasil por um coral formado por militantes, foi alternando discursos com apresentações de artistas que apóiam a democracia, a exemplo de: Cátia de França, Escurinho da Paraíba, Fuba, Cabruêra e Seu Pereira.

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