Termina amanhã o prazo para a reserva de ações da oferta secundária do Banco do Brasil (BB). Nesta segunda etapa (a primeira foi concluída no dia 28), o BB está oferecendo 70 milhões de papéis que até então estavam nas mãos da União e do BNDESPar, controladores do banco.

Os pequenos investidores terão preferência na aquisição de 10% a 30% do total de ações vendidas na oferta secundária. O investimento mínimo permitido é de R$ 1 mil e o máximo, de R$ 300 mil. Há também a possibilidade de aplicar por meio de um fundo de investimentos do BB, com cota mínima de R$ 200. Grandes investidores não têm limite de compra.

O objetivo do banco estatal é vender, na oferta primária e na secundária, por volta de R$ 10 bilhões em papéis para aumentar seu capital, o que permitirá à instituição ofertar mais crédito e, consequentemente, ampliar sua participação no mercado.

O preço das ações da capitalização só será divulgado dia 30. O valor não deve ficar muito longe da cotação dos últimos dias. Na sexta-feira, por exemplo, os papéis fecharam com queda de quase 1%, a R$ 27,13. No dia 1.º de julho, o BB publicará o resultado das vendas dos papéis e do número de investidores participantes nas ofertas.

Somando as duas etapas, o banco ofertou 356 milhões de ações, sendo 286 milhões (equivalente a 11% do capital do BB) papéis novos, que formaram a oferta primária.

Comprar ou não?

Para decidir se deve ou não participar da capitalização, os investidores precisam ler atentamente as regras da operação para conhecer os riscos envolvidos, segundo indicam analistas de mercado. O prospecto pode ser acessado no site do banco (www.bb.com.br) ou no da Comissão de Valores Mobiliários (CVM – www.cvm.gov.br).

"Além disso, é importante que o investidor saiba que está aplicando num banco estatal que leva com ele um risco político grande", alerta Henrique Klein, analista da Corretora Magliano. "Não estou dizendo que vai acontecer algo, mas há um risco maior que o tradicional do mercado", completa.

João Augusto Salles, analista da corretora Lopes Filho, concorda, mas salienta que o BB "tem bons fundamentos" e pode trazer rendimentos razoáveis no médio prazo. "Mas, para ter um rendimento razoável, os papéis devem ser mantidos por no mínimo 12 meses na carteira", reforça Salles.

Nos últimos 12 meses, por exemplo, as ações do BB subiram 35,4%. Valorização mais expressiva do que a do Itaú Unibanco (24,4%) e do que a do Bradesco (18,12%) no mesmo período.

Fonte: O Estado de São Paulo /  Roberta Scrivano

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