Assaltantes renderam, sequestraram e fizeram reféns, em dois cativeiros, a subgerente do Banco do Brasil de Seberi, no norte do Rio Grande do Sul, e sua família. Durante a madrugada e a manhã desta quinta-feira (26), a mulher, de 30 anos, ficou sob a mira de dois homens na sua residência. 

Já o marido, os dois filhos, de 5 e 7 anos, e uma sobrinha, de 9 anos, foram levados por parte do bando para uma propriedade a 15 quilômetros da BR-386, em Seberi. 

O objetivo da quadrilha era que a bancária furtasse o dinheiro do cofre da agência do BB. De acordo com o delegado de Seberi, Cleomar Ferzola Correa, a mulher foi acompanhada pelos dois bandidos até poucas quadras do banco. Eles a teriam instruído a não falar nada sobre o que estava acontecendo e também teriam passado a noite fazendo pressão psicológica. 

– O banco adota procedimento de rotina no qual monitora os funcionários de posto mais alto e, provavelmente, eles desconfiaram de algo, pois comunicaram Porto Alegre, que nos comunicou na sequência – explica o delegado. 

Sem sucesso, os bandidos abandonaram as crianças dentro do carro da família, uma Hylux, às margens da rodovia federal. O marido foi solto a alguns metros do carro e foi socorrido por uma policial que vinha de Santa Rosa e passava pelo local. A família se reencontrou pouco depois do meio-dia. Nenhum dos bandidos foi preso. 

Esse é o segundo caso de funcionários de bancos feitos reféns em Seberi em pouco mais de meio ano. Em dezembro do ano passado, o gerente do Banrisul em Seberi foi rendido enquanto jantava na casa de amigos, em Erval Seco. 

Sequestro

Os bandidos renderam a subgerente quando ela chegava em casa, na noite de quarta-feira (25). Os homens estavam em uma Space Fox preta e aproveitaram o momento em que a mulher abria o portão. O carro usado na ação tinha as placas de Frederico Westphalen, mas era clonado.

O veículo original foi furtado em Sapucaia do Sul, no Vale do Sinos, cerca de 400 quilômetros de Seberi. Dentro, além de folhas de um jornal local, a polícia encontrou miguelitos e munição de fuzil, de uso exclusivo das Forças Armadas. 

Segundo o delegado, a polícia tenta agora localizar possíveis digitais deixadas pelos bandidos em ambos os cativeiros. 

– Recolhemos pacotes de salgadinhos dados às crianças e temos ainda o Space Fox que pode nos fornecer mais dados – explica. 


Fonte: Contraf-CUT com Zero Hora

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