SÃO PAULO – A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmou que o governo quer que os bancos privados financiem os projetos de infraestrutura. Ela citou exemplos de financiamentos por debêntures e a partir da liberação dos depósitos compulsórios, como alternativa ao crédito oferecido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ela participa hoje em São Paulo de palestra organizada pela Câmara de Comércio Brasil-França com o tema “Novos rumos para os investimentos na infraestrutura brasileira”.

A ministra repetiu o discurso que fez a investidores em 5 de fevereiro, na primeira da série de apresentações de projetos do governo federal a empresários, que ocorreu em São Paulo.

 

Ela lembrou que o país passa por novo momento de desenvolvimento, em que a educação tem papel chave. “Temos que investir desde creches, passando pelo ensino profissionalizante, ensino técnico e ciência sem fronteira”, ressaltou.

No setor de infraestrutura, ela ressalta que para garantir celeridade e expertise nos investimentos o governo pretende contar com participação da iniciativa privada. “Devemos criar condições para que investimentos em infraestrutura avancem”, afirmou. Ela citou os pacotes de concessões lançados em 2012 que chegam a investimentos de R$ 200 bilhões nos modais aeroportuário, rodoviário, ferroviário e portuário.

A ministra disse ainda que o governo pretende incentivar o interesse dos grupos em projetos como o de rodovias. “O retorno tem que ser compatível com riscos dos negócios. Não daremos conta de fazer tudo sozinhos”, disse. Os projetos terão taxa de retorno de 13% a 15%. “É uma taxa boa, equilibrada para as condições macroeconômicas e dos riscos do negócio”, disse.

No caso dos aeroportos, Gleisi afirmou que a maior preocupação do governo é com a operação, mais que com os investimentos, referindo-se ao fato de que há recursos para investir no setor, mas falta experiência para garantir uma operação mais eficiente.

 
Fonte:  Valor EconômicoGuilherme Soares Dias

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