Hoje é uma data muito especial para nós que fazemos parte do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro no Estado da Paraíba (Sintrafi-PB), que foi fundado no dia 24 de outubro de 1941. Estamos falando do Sindicato dos Bancários da Paraíba (Seeb-PB), um sindicato forte, que tenho a honra de estar à frente de suas lutas como diretor-presidente.

O Seeb-PB chega a quase oito décadas de sonhos, lutas e conquistas com a enorme responsabilidade de proteger bancárias e bancários no momento em que a nossa categoria profissional está sufocada e acuada em meio a uma pandemia sem precedentes, pressionada pelos banqueiros que colocam os lucros acima da vida e por um governo ultraliberal, fascista, genocida e privatista que teoricamente coloca Deus acima de tudo e, nas ações, entrega o patrimônio nacional a preço de bananas e coloca o capital acima de Deus.

Ao longo desses 79 anos, as lutas sindicais consolidaram a categoria bancária como uma das mais organizadas no país e a única a ter uma convenção coletiva de trabalho de abrangência nacional, construída em muitos anos de sangue, suor e lágrimas na vanguarda das lutas da classe trabalhadora.

Este ano de 2020, mesmo com a categoria dividida por conta da pandemia do novo coronavírus, com 70% de bancários/as em teletrabalho, enfrentamos uma queda de braços desigual com banqueiros e governo, culminando com um acordo de dois anos. Entretanto, voltamos ao início da nossa história sindical e agora estamos resistindo com unhas e dentes à manutenção dos empregos, diante das demissões em massa em plena pandemia, mesmo com os bancos tendo assumido compromisso de não demitir nesse período.

A pandemia mudou a nossa vida e as relações de trabalho. O teletrabalho é uma realidade e precisa ser regulamentado para que sejam garantidos à categoria profissional: remuneração decente, boas condições de trabalho, respeito à jornada, à segurança e à saúde dos/as bancários/as e seus familiares.

Essa mudança forçada e feita às pressas, sem planejamento e sem discussão entre patrões e empregados está levando muitos/as dos/as companheiros/as ao adoecimento. E a categoria campeã de afastamento por doenças ocupacionais, entre elas as relacionadas com a saúde mental, sofre mais uma vez com as incertezas. Os que estão em teletrabalho, sofrem com a ansiedade, o medo de caírem no esquecimento e perderem o emprego. Os que estão em atendimento presencial, também se sentem isolados pela falta do toque, pelas jornadas excessivas e pelos ataques de clientes e usuários irritados pela demora no atendimento precário, uma vez que o quadro funcional foi reduzido.

Já os funcionários dos bancos públicos, além dos dilemas comuns a todos os segmentos, estão apavorados com as ameaças de privatização que se corporificam através dos diversos artifícios que esquartejam as instituições, que começam a ser vendidas à granel. E tudo isso gera estresse e afetam a saúde física e mental de toda uma categoria que proporciona tantos lucros.

Os desafios são enormes, mas apostamos na mobilização, na unidade, na disposição e na capacidade de resistência e de luta para continuarmos como Um sindicato forte!

Lindonjhonson Almeida  – Diretor Presidente

Fonte: Seeb – PB