No último dia 14 de julho ocorreu uma reunião entre o Sindicato dos Bancários da Paraíba e o Superintendente Estadual do Bando do Nordeste (BNB) na Paraíba, Wesley Maciel. Foram discutidos vários temas de interesse do funcionalismo como estrutura física das agências João Pessoa – Centro, Guarabira e Sumé, reforma na agência João Pessoa – Epitácio Pessoa, aumento das metas das unidades versus diminuição da dotação de horas-extras, saúde do trabalhador, e contratação de novos funcionários.

O presidente do sindicato, Marcos Henriques, iniciou a reunião dando boas vindas ao novo superintendente, apresentando os membros do sindicato presentes e desejando que o relacionamento entre o banco e o sindicato seja pacífico e produtivo para ambas as partes. Logo após passou a palavra para o diretor Robson Luis para que o mesmo tratasse dos problemas que exigem soluções mais urgentes no estado da Paraíba.

Após pedido do diretor do sindicato, Robson Luis, foram retiradas todas as partes de fibra de vidro quebradas da tubulação antiga do sistema de ar condicionado, que, por ausência de forro no teto, estava espalhando um pó bastante prejudicial à saúde dos funcionários da agência Epitácio Pessoa. Também foram compradas máscaras mais eficientes para funcionários alérgicos e a obra foi acelerada para que seja concluída o mais rapidamente possível. Robson Luis recebeu informações de funcionários de que as medidas tomadas pelo banco melhoraram bastante as condições do ar no prédio.

Wesley Maciel informou que nos próximos dois a três meses será inaugurada a nova agência do BNB em Sumé, maior e com móveis e equipamentos modernos, que darão maior conforto ao funcionários e clientes daquela unidade. Ele também concordou que o prédio onde funciona a agência Guarabira já não comporta o grande fluxo de funcionários e clientes, e que por sua localização privilegiada, considera um bom negócio para o banco e irá defende-lo junto a diretoria da instituição, vender o prédio atual e alugar outro que proporcione as condições adequadas para os funcionários e os clientes, além do aumento do quantitativo de funcionários daquela agência. O caso da agência João Pessoa – Centro é mais complexo, pois o prédio é tombado pelo patrimônio histórico e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) não autoriza a ampliação do imóvel e nem mesmo a coberta do teto, que tem suas lajes expostas as chuvas, o que impossibilita até mesmo uma solução definitiva para as infiltrações em alguns pontos do teto. O novo membro da diretoria do sindicato, Paulo Urquiza, defendeu que a solução definitiva para a agência João Pessoa – Centro, é a mudar para um outro prédio, pois os problemas não se restringem a falta de espaço e infiltrações, há problemas também de segurança para o banco e para os funcionários. Robson Luis se colocou à disposição da CIPA, recém-criada, para buscar juto ao IPHAN as autorizações necessárias para resolver os problemas mais urgentes, enquanto não acontece a relocalização da agência que também é necessária, conforme consenso entre o sindicato e o superintendente Wesley Maciel.

Robson Luis também demonstrou preocupação com a redução da dotação de horas extras ocorridas para o mês de julho. “As metas das agências aumentaram consideravelmente nos últimos três anos, sem que houvesse o aumento proporcional no quantitativo de funcionários, e isso está sobrecarregando e adoecendo os trabalhadores”, disse Robson Luis. “A dotação de horas extras, já era insuficiente, pois é enorme a quantidade de horas extras trabalhadas pelos funcionários, sem a devida contrapartida do banco. Com uma redução de 75% nessa dotação, a situação ficará insustentável”, completou. Wesley Maciel afirmou que após sua chegada à superintendência estadual da Paraíba não houve aumento das metas globais das agências, mas uma redistribuição entre as várias variáveis, em algumas agências, para facilitar o atingimento de bons resultados pelas mesmas. Quanto às horas-extras, o mesmo afirmou que todos os pedidos de dotação feitos pelas diversas unidades foram repassados para a direção geral, e que esta realmente autorizou apenas 25% do que foi solicitado. Informou também que orientou todos os gestores a não permitirem que os funcionários extrapolem suas jornadas se não tiver dotação para pagar as horas-extras. Robson Luis pediu para o superintendente reforçar essa orientação junto aos gestores principais e que levará o problema para discussão na mesa permanente de negociação, pois está claro para todos que é impossível atingir os resultados exigidos pelo banco, com o número de funcionários atual, sem haver extrapolação de jornada; e que é vergonhosa a quantidade de trabalho gratuito no Banco do Nordeste que, inclusive, já foi denunciado diversas vezes ao Ministério Público do Trabalho.

Logo após, o tema da reunião passou a ser saúde do trabalhador. Robson Luis solicitou os dados do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), referente às unidades localizada na jurisdição do SINTRAFI-PB, no que tange às estatísticas de adoecimento dos funcionários e às estratégias de combate ao mesmo, para que o sindicato possa analisar e, em conjunto com o banco, aperfeiçoar tais estratégias. O superintendente se comprometeu a entregar tais informações tão logo os relatórios sejam concluídos. Robson Luis também solicitou que o banco comece a cumprir a norma regulamentadora número 05 do Ministério do Trabalho e Emprego, criando CIPAS ou, onde não tiver funcionários suficientes, indicar um responsável pela prevenção de acidentes, todos com o devido treinamento para identificar e cobrar da instituição providências para que sejam evitados os acidentes de trabalho. Enfatizou, porém, que os treinamentos se utilizem de um conceito de acidente de trabalho mais moderno e reconhecido, inclusive pela justiça do trabalho, que é todo e qualquer trauma ou adoecimento, físico ou psíquico, para o qual o trabalho tenha apenas contribuído para que o mesmo ocorresse; e que se os treinamentos se limitarem a tratar de prevenção de incêndios, ergonomia, LER e DORT, deixando de fora os problemas psíquicos gerados pelo elevado stress da atividade bancária, as estratégias de combate aos acidentes de trabalho serão quase todas inúteis.

Para finalizar a primeira reunião do sindicato com o novo superintendente do BNB na Paraíba, Robson Luis o indagou sobre a carência de funcionários nas diversas unidades do estado. Sobre isso, Wesley Maciel informou que, considerando as atuais lotações, temos um déficit de 26 funcionários; e que, quando for aberta a agência de Monteiro, prevista para acontecer nos próximos 3 meses, o déficit aumentará para 36 funcionários. Wesley também informou que já solicitou da direção geral do BNB, o preenchimento de todas as vagas existentes no estado, mas que o banco, por enquanto, não pode contratar mais funcionários porque já tem a quantidade máxima de empregados autorizada pelo DEST para o Banco do Nordeste.

Robson Luis Andrade Araújo

Diretor – Sec. de Políticas Sociais do Sintrafi-PB

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *