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Nesta quinta-feira (13), às 9h30, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas do Ramo Financeiro no Estado da Paraíba (Sintrafi-PB) lança a Campanha Nacional dos Bancários 2015, com um ato público em frente ao Condomínio do Banco do Brasil, na Praça 1817, centro da capital.
Com o tema “Exploração não tem perdão”, a campanha deste ano vai denunciar os demônios da demissão e das metas abusivas que assombram os bancários, além de “Os Sete Pecados do Capital”: Assédio, Ganância, Terceirização, Discriminação, Mentira, Irresponsabilidade e Ostentação.
Reunidos em seus fóruns apropriados, que culminou com a realização da 17ª Conferência Nacional dos Bancários, o maior fórum de deliberação da categoria profissional, os bancários aprovaram a pauta de reivindicação que contempla a garantia do emprego, melhores condições de trabalho e reajuste salarial de 16% (inflação do período, mais 5,7% de aumento real).
O presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques, elenca outras reivindicações da categoria, como: o fim da terceirização em setores do ramo financeiro, com os bancos reassumindo as atividades e contratando os trabalhadores terceirizados; a redução da jornada de trabalho para cinco horas diárias, com intervalo de 15 minutos para descanso, e 25 horas semanais; condicionamento da ampliação do período de atendimento ao público à criação de dois turnos de trabalho; proibição de funcionamento de agências, inclusive às de negócios, aos sábados, domingos e feriados.
“Os lucros exorbitantes, principalmente dos bancos privados, vão na contramão da demissão de mais de 6 mil bancários, entre junho de 2014 e junho deste ano, precarizando o atendimento ao público e explorando de forma brutal os trabalhadores do ramo financeiro. E esta será uma das bandeiras da Campanha que está sendo lançada. Estamos abertos ao diálogo, mas iremos às últimas conseqüências, inclusive à greve, caso os banqueiros se mantenham intransigentes durante as negociações. E quem avisa, amigo é!”, argumenta Marcos Henriques, presidente do Sintrafi-PB.
PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS:
• Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)
• PLR: 3 salários mais R$7.246,82
• Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).
• Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).
• Melhores condições de trabalho: fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.
• Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.
• Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.
• Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.
• Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.
• Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
• Cidadania: Reforma política; Fim do financiamento privado para campanhas eleitorais; Reforma tributária, Democratização dos meios de comunicação; Defesa da Petrobras; Defesa da democracia e dos direitos.