A direção do Banco do Brasil no Ceará tem seguido uma nefasta política de descomissionamentos. Na contramão do seu discurso publicitário de responsabilidade social, o BB retalia funcionários de forma injusta, tirando comissão e prejudicando claramente os funcionários que não atingem as metas impostas pela Superintendência. Nesta sexta-feira, 8/2, mais um gerente perdeu sua comissão por não conseguir cumprir essas metas inatingíveis.

Bosco Mota, diretor do Sindicato e funcionário do BB, diz que a lógica seguida pelo banco é terrorista. "Desde que Eloi Medeiros chegou à Superintendência Estadual, o terror se instalou aqui no Ceará. É maior a cobrança de metas abusivas, o assédio moral, os descomissionamentos. A política é: se não cumpriu a meta na integralidade, ou o gerente é rebaixado para uma agência menor, com redução salarial, ou perde a comissão. Ou seja, se o gerente atingir 99% já será penalizado", denuncia o diretor, destacando que diante do cenário de escassez no estado, resultante da maior seca dos últimos 30 anos, fica impossível alcançar os melhores resultados, já que as vendas dos produtos e serviços são ainda mais difíceis.

Outra manobra

No último dia 31/1, o Sindicato já havia denunciado outra manobra do banco para justificar os descomissionamentos: desvirtuar o uso da GDC (Gestão de Desempenho por Competência – antigo GDP) para avaliar o cumprimento de metas, enquanto o sistema deve avaliar somente o desempenho das competências funcionais.

"Quem não atingir as metas inatingíveis recebe nota insatisfatória mesmo sem ter um desempenho ruim. A GDP não é sistema para avaliar alcance de metas e o banco tem se utilizado dela para justificar a retirada de comissão ou migrar, compulsoriamente, gerentes para agências menores e reduzir seus salários", denunciou José Eduardo Marinho, diretor do Sindicato e funcionário do BB.

Esse novo "manual" de descomissionamentos é cruel e desrespeitoso, além de burlar claramente a Convenção Coletiva dos bancários – que protege os comissionados contra a perda de função, que só pode ocorrer após três avaliações negativas e consecutivas. Os funcionários prejudicados devem procurar o Sindicato, que tem o Departamento Jurídico à disposição para garantir os direitos da categoria.

Fonte: Seeb Ceará