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Por Carlos Cordeiro

carlos_cordeiro_seeb_pb.jpgNas instituições financeiras, diante da onda de asslatos e sequestros e da necessidade de eliminar riscios, bancários e vigilantes têm procurado soluções. A lei federal nº 7.102/83, que trata da segurança nos estabelecimentos bancários e que vários bancos vêm descumprindo, precisa ser atualizada para que haja um ambiente seguro e agradável.

Uma das medidas que os trabalhadores defendem é a instalação da porta indivualizada de segurança com detectores de metais em todos os acessos destinados ao público. Trata-se de um equipamento já implantado em diversos países, com bons resultados, aumentando a segurança e contribuindo para evitar ataques de quadrilhas. 
 
Tal porta contribuiu na redução dos assaltos a bancos desde que foi implantada. Dados da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) mostram que em 2000 aconteceram 1.901 roubos em todo o país, que caíram para 430 em 2009. Esses números ainda preocupam e revelam a necessidade de ampliar medidas de prevenção. 
 
 

Desta forma, é inconcebível a remoão das porta giratórias, que foi anunciada recentemente pelo Itaú Unibanco, que pretende retirar esse equipamento em até 70% das cer5ca de 5 mil agências, mantendo-a somente em praças onde há legislação e em regiões mais perigosas ou próximas de rotas de fuga.
 
A intenção do banco é que as agências ganhem cada vez mais ares de loja, de vitrine. A retirada das portas seria compensada com novo sistema de cofre. O banco deveria saber que possui a mercadoria mais cobiçada na face da terra. O que deve ser feito é a melhoria das instalações de segurança, além de contratar mais funcionários e praticar a venda responsável de produtos. 
 
Nada justifica a retirada das portas giratórias, que precisam ser colocadas antes da sala de autoatendimento das agências. conforme dados do Banco Central, 29% das transações ocorrem hoje nos caixas eletrônicos. Essa parte da agência não pode ficar desprotegida. A Polícia Federal já obriga a presença de um vigilante armado nesse espaço. Além disso, equipamentos de prevenção devem ser instalados em lotéricas, cooperativas de crédito, agências do banco postal e correspondentes bancários, onde hoje não têm segurança. 
 
Conforme a legislação federal, os bancos devem ter vigilantes armados, alarme operante e outro equipamento. Al´pem dessas portas, são importantes as câmeras de filmagem com monitoramento em tempo real, vidros blindados ns fachadas e divisórias individualizadas na bateria de caixas e nos caixas eletrônicos. Tais procedimentos também são fundamentais para combater o crime de "saidinha de banco".

Os bancos lucraram R$ 37,4 bilhões no ano passado. Dados do Banco Central revelam que hoje 31% das operações são realizadas pela Internet, reduzindo ainda mais os seus custos. Parte desses ganhos precisa ser pepassada para a melhoria da segurança, a geração de empregos, a redução dejuros e tarifas e a valorização dos trabalhadores, comoforma de responsabilidade social.
A porta giratória não é um equipamento para barrar clientes e usuários, mas sim um instrumento para trazer segurança. No primeiro semestre deste ano, 11 pessoas morreram em ataques a bancos no País. O maior patrimôpnio que existe é a vida das pessoas e ela precisa ser colocada em primeiro lugar. 
*Carlos Cordeiro é economista e presidente da Contraf-CUt.
 
Fonte: Jornal Correio da Paraíba, edição de domingo (01/08/2010)

 

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