Crédito: Alessandro Carvalho/Seeb BH
Alessandro Carvalho/Seeb BH
A greve dos bancários na base de BH e Região completou nesta segunda-feira, dia 28, cinco dias, atingindo 92% das unidades e departamentos da CAIXA, 50% do Banco do Brasil e mais de 20 agências de bancos privados. Em assembleia realizada hoje, em frente a agência Século da CAIXA, às 12 horas, os bancários deliberaram pela continuidade da paralisação por tempo indeterminado.

Comando Nacional

O Comando Nacional dos Bancários se reuniu no último sábado, 26 de setembro, em São Paulo para avaliar os dois primeiros dias da greve deflagrada no dia 24 em todos nos 27 estados e no Distrito Federal e discutir a estratégia de ampliação do movimento a partir desta segunda-feira.

Durante o a reunião, o Comando também decidiu enviar ofício à Fenaban cobrando a retomada das negociações a partir desta terça-feira.

Crescimento da greve

Apesar da truculência dos bancos que voltaram a usar o instrumento do interdito proibitório para impedir a greve e ameaçar os trabalhadores, o movimento se ampliou e se fortaleceu em todo o país.

Em Belo Horizonte, o Bradesco e o Itaú Unibanco votaram a se valer deste famigerado instrumento jurídico e com colaboração da Polícia Militar usaram de violência para forçar a abertura de agências no centro da cidade.

Passeata

Para demonstrar sua indignação protestar contra essa arbitrariedade dos bancos, após a assembleia, os bancários saíram em passeata pelas principais ruas do centro da cidade e pararam na agência do Bradesco na rua Goiás com Bahia e na agência do Itaú Unibanco na avenida João Pinheiro onde realizaram um apitaço.

Nova assembleia

Nesta terça-feira, dia 29 de setembro, às 12 horas, será realizada nova assembleia em frente a agência Século da CAIXA, na Praça Sete, quando os bancários decidirão os próximos passos do movimento. Todos devem comparecer vestidos de pijama nas manifestações para chamar os bancários que estão em casa para vir para a rua aderir ao movimento.

As principais reivindicações dos bancários são: aumento real de salário; PLR maior; valorização dos pisos; uma política de preservação dos empregos e mais contratações; melhores condições de saúde, segurança e trabalho; combate às metas abusivas e ao assédio moral; auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.

Para o presidente do Sindicato, Cardoso, o quinto dia de greve mostrou a coragem dos bancários que estão participando do movimento apesar da violência do Itaú Unibanco e do Bradesco que chamaram a polícia para os bancários. "Temos que repudiar firmemente essa postura truculenta da direção do Bradesco e do Itaú Unibanco que continuam se valendo do instrumento do interdito proibitório para abrir as agências à força. Mas apesar, de tudo isso os bancários estão dando um exemplo de força e de coragem e ampliando a mobilização. Os mais de 300 bancários presentes na passeata de hoje foram exemplo disso, mas nós sabemos que tem muito bancário fazendo greve de pijama em casa. Por isso, amanhã vamos todos de pijama para as manifestações para chamar todos aqueles que estão em casa a engrossar ainda mais o nosso movimento", conclamou.

Fonte: Seeb BH

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