O roubo é feito à luz do dia, sem armas de fogo nem explosivos. Os bandidos não se importam com clientes, que usam a agência sem perceber que o banco está sendo roubado.

A polícia está investigando um novo golpe contra os caixas eletrônicos dos bancos. Agora os bandidos roubam à luz do dia, sem armas de fogo nem explosivos.

A explosão, muitas vezes mal calculada, pode destruir a agência bancária inteira. Mas quadrilhas especializadas agora encontraram uma nova forma de tirar o dinheiro dos caixas.

O golpe não usa violência e é feito em plena luz do dia, com a agência em funcionamento. O roubo foi em uma agencia bancária na Urca, um bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro.

Um primeiro assaltante entra na agência, e escolhe o caixa que vai roubar. Com uma chave de fenda, abre um buraco acima do monitor do caixa. Ele fala ao telefone e não se importa com os clientes, que usam a agência sem perceber que o banco está sendo roubado.

Pelo buraco no painel, ele puxa um fio de dentro do caixa. Ele sai e chama um comparsa, que tira um teclado portátil da bolsa. Em seguida, os assaltantes se conectam à máquina.

Um guarda-chuva é o instrumento usado para reiniciar o computador que controla a saída do dinheiro. Ainda no telefone, ele digita comandos pelo teclado. Um minuto depois, o caixa começa a liberar muito dinheiro.

Os primeiros bolos de notas são azuis, como as notas de R$ 100. Ele vai recolhendo o dinheiro, e disfarça quando clientes entram na agência. Em nove minutos são pelo menos 20 saques. Todo o dinheiro vai direto para a bolsa.

Mas eles cometem um erro. O tempo todo os bandidos se preocuparam em esconder o rosto de uma câmera, mas ficaram de frente para outra, localizada fora da área dos caixas eletrônicos.

“Nesse momento ele acaba dando elementos pra que a polícia possa identificar esse elemento. E a partir da identificação desses chegar aos demais elementos da quadrilha”, explica o delegado Rodrigo Santoro.

Para o especialista em fraudes bancárias, chama a atenção o conhecimento específico da quadrilha. “É uma quadrilha extremamente especializada que conhece a engenharia da máquina e sabe exatamente onde atacar. Eles chamam muito menos atenção dos próprios clientes. Eles focam agora neste tipo de delito por que propõe menos risco, não precisa explodir nada”, diz Domingo Montanaro.

“Você explodir o caixa eletrônico está ficando um pouquinho ultrapassado. Faz com que a policia tenha que se modernizar, tenha que descobrir e entender como funcionam essas quadrilhas, como elas conseguem ludibriar esse sistema”, ressalta Rodrigo Santoro.

Fonte: Bom Dia Brasil e G1

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