A Bradesco Seguros pretende lançar, a partir do ano que vem, planos de previdência que atendam às necessidades da classe C, a que mais cresceu nos últimos anos. "Vamos ter novos produtos para as novas classes de consumo. E queremos entrar em 2010 já com algum lançamento", afirmou Lúcio Flávio de Oliveira, diretor-geral da Bradesco Vida & Previdência, uma das empresas do grupo segurador.

O executivo lembra que a adesão ao seguro de vida é incipiente no Brasil e que os planos de previdência privada ainda têm muito espaço para crescer no País. Para que isso aconteça, Oliveira defende a disseminação de uma cultura de poupança. Hoje, cerca de 60% dos participantes de planos de previdência da Bradesco Vida & Previdência são de alta renda, mas Oliveira acredita que aos poucos esse perfil irá mudar.

Já o diretor executivo da empresa, Jorge P. Nasser, lembra que a classe C será um grande divisor de águas no mercado de seguros, e por isso a importância de aperfeiçoar os produtos para esse público.

A Bradesco Vida & Previdência lidera o mercado de planos de previdência no Brasil e pretende manter essa posição no momento em que os concorrentes avançam na área de seguros. Oliveira justifica que o diferencial da companhia é o pioneirismo e a importância dada ao grupo segurador.

Hoje, a companhia divulgou o lançamento de um programa para melhorar o relacionamento da sociedade com o idoso. Para o médico e pesquisador Alexandre Kalache, pensar em soluções para melhorar a qualidade de vida dessa população é urgente, já que a população no Brasil envelhecerá de forma rápida devido à maior expectativa de vida da população e queda na taxa de fecundidade. Em 1980, a expectativa de vida do brasileiro era de 62,6 anos e apenas 6% da população era idosa.

Em 2010, a expectativa será de 73,4 anos e em 2050, de 81,3 anos. Os idosos irão representar 23% da população do País. Por outro lado, a base da pirâmide etária estará mais estreita. "Enquanto a Inglaterra levou entre três e quatro gerações para reduzir a taxa de fertilidade de 6 filhos para menos de dois, o Brasil fez isso em uma única geração."

Fonte: Agência Estado / Ana Paula Ribeiro

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