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Nesta quarta-feira, 23 de maio, Dia Nacional de Luta, os bancários paralisaram o atendimento ao público por 24 horas na agência centro do Itaú, na capital paraibana, em protesto contra a política desumana de demissões do banco.

 
Utilizando serviço de som, faixas e distribuindo carta-aberta à população, os bancários vão protestar contra as demissões, a rotatividade, o assédio moral, as metas abusivas, as condições precárias de saúde, segurança e trabalho, e a terceirização.
 
A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba coordenou a atividade orientada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em nível nacional. A semana passada houve paralisação de 24 horas em três agências do Itaú na capital paraibana, onde ocorreram demissões de funcionários. a
 
Os bancários denunciaram à sociedade as atitudes da direção do Itaú, que vem dispensando milhares de pais e mães de família sem qualquer justificativa em todo o país, desde o anúncio da fusão com o Unibanco, em 2008. 
 
E questionaram também a mesquinhez do banco, que apesar do lucro líquido de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre, fechou 1.964 postos de trabalho, uma redução de 7,4% em relação ao mesmo período ano passado, o que acumula um corte de 7.728 vagas nos últimos 12 meses. Uma vergonha para a instituição financeira que mais lucra no Brasil!
 
Segundo dados do Dieese, o Itaú tinha 104.022 funcionários em março de 2011, diminuiu para 98.258 em dezembro e reduziu para 96.204 em março de 2012. Enquanto isso, outros bancos geraram empregos.
 
Por isso, os bancários estão realizando manifestações em todo o país, denunciando que a campanha de marketing “Vamos jogar bola” esconde a verdadeira face da instituição financeira. Quem vê a propaganda na mídia não imagina a dura realidade vivida pelos funcionários do banco feito para “demitir” você.
 
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, as manifestações vão continuar até que o banco mude essa postura desumana. “Os bancários merecem respeito, pois são eles que trabalham em condições desfavoráveis para produzir os lucros recordes. Portanto, não podem aceitar calados que lhes tirem a segurança, a tranqüilidade, a saúde, a paz, os direitos e os empregos sem esboçar nenhum tipo de reação”, concluiu.

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