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Nesta quarta-feira, 28 de outubro, os funcionários do HSBC paralisaram as atividades na principal agência do banco inglês na capital paraibana, em protesto contra as manobras que resultaram na diminuição do pagamento da distribuição da Participação nos Lucros e Resultados – PLR. Utilizando carro de som, faixas, cartazes e jornal específico para os funcionários, a diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou um ato público, das 9h às 11h, para denunciar as manobras do HSBC e prestar solidariedade aos bancários revoltados.

Além dessa paralisação de 24 horas, na próxima sexta-feira, 30, véspera do do feriadão de finados, os bancários do HSBC vão usar roupas escuras, em luto pelo que lhes foi tirado no pagamento da PLR. "O artíficio que a diretoria do HSBC do Brasil utilizou para se apropriar da parcela dos lucros que pertencem aos funcionários é uma vergonha. É preciso denunciar à sociedade essa postura mesquinha de um banco estrangeiro que se instala no nosso País, transfere seus lucros para o além mar e ainda rouba parte do suor dos bancários", deabafou Marcelo Alves, funcionário do HSBC e diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários da Paraíba.

Marcos Henriques, presidente do Sindicato dos Bancários foi mais além, ao denunciar a falta de seriedade do HSBC no Brasil, que fez uma grande festa no Caribe para o presidente da instituição e sonegou a metade da PLR dos empregados. "É um absurdo a instituição patrocinar uma festão daqueles para anunciar seu lucro no Brasil, assinar um acordo coletivo e, logo em seguida, se apropriar da metade da distribuição da PLR dos funcionários. A resposta não poderia ser diferente, senão a paralisação e o protesto", enfatizou.

Assim que a Convenção Coletiva da categoria foi assinada, em 19 de outubro, o HSBC comunicou os valores da participação nos lucros e resultados. Além de dar justificativas frágeis para a queda vertiginosa no benefício, o banco ainda escondeu os reais valores da PLR.  

No primeiro semestre do ano, a instituição reduziu artificialmente seu balanço para 10% do lucro real que obteve. Ou seja, simplesmente classificou todo o volume de dinheiro emprestado nos primeiros seis meses do ano como “crédito duvidoso”. Dessa forma, o lucro do primeiro semestre caiu de R$ 2,1 bilhões para R$ 250 milhões.

Comparando os balanços de 2008 e 2009 a manobra é facilmente detectada. No primeiro semestre deste ano o volume de empréstimos subiu 4,59% em relação ao mesmo período do ano passado. Entretanto, as provisões para perdas subiram 87,85%.  

Indignado com a mesquinharia do banco, Marcelo Alves afirmou que os bancários do HSBC vão continuar lutando até conseguirem o pagamento da diferença da PLR para todos os funcionários do banco inglês. "Vamos continuar mobilizados e lutando, até reavermos o que nos foi tirado através de uma fraude vergonhosa", concluiu.

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