O banco afirmou que os empregados serão transferidos para um prédio administrativo em Santo Amaro – o local abriga diversas empresas, o que dificultaria a organização e mobilização. As orientações prevêem que os bancários terão de trabalhar neste local até o final da campanha e só retornam para o Centro após a assinatura do acordo coletivo. "Isso deixa escancarada a política antissindical do banco e mostra que a Superintendência da Aymoré aposta no confronto e não na negociação democrática", diz.
Indignação
Um bancário que denunciou o fato ao Sindicato afirma que o prédio não tem condições adequadas de uso. "Já fui nesse prédio e pude ver as condições precárias das mesas, cadeiras. O espaço da mesa só da para colocar o computador, não sobrando mais espaço para nada. E o pior é que os gerentes e superintendentes não irão para lá, enquanto nós sofremos naquele lugar", afirmou, por e-mail.
Outro problema diz respeito à rotina dos trabalhadores e de suas famílias. "Teremos também que sair muito cedo de nossas casas, mães terão que ver outro jeito de levar seus filhos para a escola, pois o lugar é muito longe para a maioria, fora o trânsito absurdo", destaca.
Marcelo acredita que a decisão do banco tem relação com a boa participação dos bancários da Aymoré nas greves dos últimos dois anos. "As péssimas condições de trabalho no local, e que vêm se deteriorando, colaboraram muito para a revolta dos bancários e a adesão às greves, mesmo com a polícia tentando forçar a entrada nas greves dos últimos anos. Essa tentativa de mudança é uma arbitrariedade da Superintendência da Aymoré que não vamos aceitar", diz o dirigente sindical.
Fonte: Danilo Pretti Di Giorgi – Seeb São Paulo