VII Tributo a Otacílio Batista – A Poesia Vive – Na próxima quarta-feira, 4 de agosto, a partir das 21h, o inesquecível repentista Otacílio Batista será homenageado no Espaço Cultural Marcos Lucena, do Sindicato dos Bancários da Paraíba, no sétimo tributo a um dos poetas populares que mais marcou a cantoria de viola em todos os tempos.
Conforme o organizador do evento, o jornalista Fernando Patriota, “no site é possível conhecer toda a trajetória de Otacílio Batista e da cultura popular, sempre com fotos, vídeos e áudios relacionados ao repente e aos cantadores de viola.”
Otacílio Batista ficou conhecido nacionalmente pelos seus versos impressionantes – sempre feitos de improviso – e pelas inúmeras letras que compôs para vários intérpretes na Música Popular Brasileira, como Amelinha, Zé Ramalho, Luiz Gonzaga e Pinto do Acordeom, entre outros. O ‘rei’ Roberto Carlos ficou tão impressionado com suas estrofes, que o levou para sua casa e organizou uma cantoria particular, juntamente com Oliveira de Panelas. "Vamos fazer uma grande noitada de cantoria, declamações e interpretações e ao mesmo tempo continuar valorizando um tipo de cultura que tão bem representa o povo nordestino e, consequentemente, suas inúmeras dificuldades’, adiantou Fernando Patriota, filho do poeta. Ainda dentro da programação do VII Tributo a Otacílio Batista duas duplas de cantadores vão se apresentar, uma delas com a presença de Oliveira de Panelas.
Oliveira fez dupla com Otacílio Batista durante 25 anos e foi uma das formações mais duradoura da história da cantoria. Os repentistas convidados cantarão de improviso lembrando a importância de Otacílio Batista para o mundo do repente.
Já os declamadores e intérpretes vão resgatar as canções de Otacílio, talvez o poeta popular que mais gravou discos e lanços livros, durante seus mais de 60 anos de carreira dedicados a arte de improvisar. Dentre os declamadores e cantores marca presença Silvia Patriota, filha do poeta e dona de uma voz belíssima. Mais dois filhos vão declamar versos de Otacílio Batista; José Patriota e Raimundo Patriota
Ser Tão Teatro – O Ser Tão Teatro estréia na cena teatral paraibana em 2007, após seis meses de processo, com o espetáculo Vereda da Salvação, escrito por Jorge Andrade. Esse primeiro trabalho foi contemplado pelo edital Jovens Artistas do Ministério da Educação – (MEC/SESu). Já em sua primeira temporada a encenação de Christina Streva foi agraciada com o Prêmio Domingos Sérgio Batista de Destaque da Cultura Paraibana. O espetáculo realizou ainda uma trajetória de sucesso de publico e de critica na capital, atingindo mais de 5.000 espectadores.
Em 2008, o coletivo realiza a Iª Mostra de Teatro de, em parceria com o Departamento de Teatro da Universidade Federal da Paraíba, a Fundação de Cultura de João Pessoa (Funjope), e o Núcleo do Teatro Universitário. Também em 2008, o Ser Tão Teatro passa a integrar o Movimento Lapada que realiza trocas artísticas e fomenta a articulação entre grupos de teatro do Nordeste.
O ano de 2009 foi de grandes conquistas para o Ser Tão. O grupo inicia os trabalhos com o projeto contemplado pelo Programa BNB de Cultura edição 2008/2009 que levou o espetáculo Vereda da Salvação para o sertão e brejo paraibano, nas cidades de Cajazeiras, Souza, Alagoa Grande e Mari. Além das apresentações gratuitas, o grupo realizou oficinas de jogos teatrais e debates sobre a peça por cada cidade pela qual passou.
o longo do ano, o Ser Tão conquistou uma seqüência de oito editais e prêmios nacionais para serem executados em 2010. São eles: Programa ELETROBRÁS de Cultura 2009, Programa BR de Cultura, Prêmio Funarte Miryan Muniz de Teatro 2009, Prêmio Interações Estéticas – Residências Artísticas em Pontos de Cultura 2009, Prêmio Funarte Artes Cênicas na Rua 2009, Programa BNB de Cultura, e Fundo Municipal de Cultura. Estes editais e prêmios garantem a montagem e circulação de dois novos espetáculos do grupo: Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna, e Capitão Macambira, de Joaquim Cardozo, além da circulação pelo Nordeste de seu espetáculo de estréia: Vereda da Salvação.
Beto Brito – O músico Beto Brito, como ele mesmo definiu a respeito de seu novo disco “Imbolê”, é misto de repentista, peleja, cordelista, rabequeiro. O músico será uma das atrações do VII Tributo a Otacílio Batista. “O meu trabalho é um caldeirão borbulhante de todas as influências sonoras e literárias do nordeste brasileiro, sem o estereótipo do conservadorismo tradicional e imutável. É um disco para o mundo, marcante, definitivo, atemporal, poético e percussivo; regional e contemporâneo; primitivo e transcendental.”, comentou o artista.
O Imbolê vem com guitarras distorcidas, violas e rabecas, zabumbas, cítaras e grooves eletrônicos, reverenciando a alquimia das fusões entre o pop e o regional, flertando com o rap-rock, sampleando com as baladas e cirandas, na pancada irreverente do baião elétrico.
Produzido por Robertinho de Recife, com participação especial de Zé Ramalho e a poesia surrealista de Zé Limeira, o “Imbolê – cordel e som na caixa”, é acompanhado ainda, de doze livretos autorais, recheados de martelos, ditados populares e emboladas, completando assim, essa brilhante obra músico/literária brasileira.
Se liga!VII Tributo a Otacílio Batista – A Poesia Vive
Local: Sindicato dos Bancários – Avenida Beira – Rio
Dia: 4 de agosto
Horário: 21 horas
Entrada franca
Atrações: Cantorias, declamações, canções e lançamento do site www.otaciliobatista.